sábado, 17 de setembro de 2011

Ações pela sustentabilidade


Sonho ou realidade. Ainda mais, lembra, quando se trata de desenvolver projetos que atendem a populações com renda entre 1 e 3 salários mínimos.

Abukater esclarece que as obras em andamento baseiam-se em novas medidas que levam em conta os avanços possíveis, como utilizar materiais de reciclagem garantida, aproveitamento da energia solar, madeiras certificadas, piso drenante, equipamentos de medição individual do consumo de água. “As estruturas metálicas estão entre nossas preferidas porque representam preservar 120 mil árvores nativas, ou 60 mil de reflorestamento, na produção anual de nossas unidades”, diz o diretor.

Abukater enfatiza o alcance socioambiental de projetos que a CDHU realiza na Serra do Mar, em Cubatão (SP), que visam recuperar toda a serra com a construção de novos bairros, novas cidades. O que é possível mediante parcerias e com base em dois pilares de sustentação técnica da empresa: a alta capacitação de seus profissionais e a contratação de empresas gerenciadoras gabaritadas.

Entre os parceiros constantes da CDHU estão a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que possibilitam chegar a um empreendimento como esse, classificado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como “o maior em andamento no mundo”, afirma Abukater.

Para ele, “um dos papéis do governo é ser um indutor de ações que tragam benefícios sociais, e nesse aspecto estamos na vanguarda”. Isso porque, avalia, sustentabilidade é necessidade, e a busca por ela deve ser constante. O que faz a empresa encarar a cada dia o desafio de efetivar ações que produzam ganho de escala e redução de custos, entre outros efeitos socioeconômicos.

Evolução de conceitos Construçao sustentável é empreendimento que deve ser muito bem pensado desde antes de fixar as fundações. Exemplo é a unidade do Sesc Guarulhos, que até abril próximo receberá os trabalhos para escolha do escritório responsável pelo projeto arquitetônico, mediante concurso. Interessados podem acessar:
http://www.internet.sescsp.or.br/sesc/licitacao/lista_concurso.cfm).

Da análise dos trabalhos por uma comissão multidisciplinar composta por arquitetos e servidores do Sesc e posterior contratação do arquiteto e projetistas, “estimamos o cronograma de um ano e meio para elaboração dos projetos e contratação das obras e a conclusão do empreendimento em até 36 meses”. Quem esclarece é o engenheiro civil Luciano Ranieri, com MBA em Administração para Engenheiros pelo Instituto Mauá de Tecnologia e em Administração de Projetos pela Universidade de São Paulo. Tanto cuidado não é pouco porque, quando estiver concluído, esse será o projeto com o maior número de soluções sustentáveis da instituição. “Não poderia ser diferente porque ao longo do processo toda a evolução de nossos conceitos será incorporada ao projeto”, diz Luciano, gestor de Projetos, Planejamento e Orçamento do Sesc-SP. Para ele, a preocupação com a sustentabilidade não é de hoje e mesmo as unidades já existentes passam por atualizações e modernizações que o clamor ecológico exige. “Todas elas terão, a partir deste ano, sistemas solares para aquecimento de água das piscinas, assim como o tratamento de água das piscinas passará a ser feito com ozônio”.

Estas e outras intervenções menores já se tornaram rotina na instituição, garante o engenheiro. Sobre o Sesc Guarulhos, especificamente, Luciano ressalta alguns fatores que serão levados em conta. Que o diga o Termo de Referência que norteará a elaboração dos projetos. “Da área total do terreno, 25% no mínimo deverão ter a vegetação original, mata primária, recuperada. Os pisos das áreas descobertas, em sua grande maioria, deverão ser permeáveis, e as coberturas da edificação receber cobrimento de vegetação, apropriada à melhoria do conforto térmico e retenção de vazão das águas pluviais, que depois serão tratatadas para reuso”, diz. Além disso, de acordo com o gestor, a consultoria de profissionais especializados servirá para avaliar a eficiência energética, bem como o desempenho dos sistemas construtivos, de instalações e materiais, entre outros. Luciano considera relevante também o fato de o futuro empreendimento prever a construção de uma estação de tratamento de esgoto integrada a uma Estação de Educação Ambiental, com área para exposições permanentes, miniauditório para palestras e ações educativas, sala para oficinas culturais temáticas, viveiro de plantas e mudas, mais a pequena usina de compostagem. Sem esquecer das medidas de sustentabilidade que levam em conta a comunidade vizinha, que proporcionarão coleta de lixo reciclável, eliminação de fiação da rede pública aérea, arborização do entorno, atividades educativas com relação à saúde, cidadania, alimentação e esporte.

Sempre com foco na qualidade de vida e bem-estar das pessoas, Luciano está convicto de que no Sesc “agrupamos um conjunto de ações, procedimentos e programas que lhe permitiram um avanço na sustentabilidade em áreas que envolvem design arquitetônico e de sistemas, especificação de materiais, operação e manutenção”.
http://www.neomondo.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=367:acoes-pela-sustentabilidade&catid=54:meio-ambiente&Itemid=57

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