sábado, 29 de outubro de 2011

Brasil precisa melhorar gestão sem criar imposto.




Jorge Gerdau, em entrevista após conversa com
ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann
(Foto: Andre Dusek/Agência Estado)

Presidente da Câmara de Gestão afirmou ser contra tributo para saúde.

Para empresário, novo imposto prejudicaria competitividade da indústria.


O presidente da Câmara de Política de Gestão, Jorge Gerdau, criticou nesta sexta-feira (23), após reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a proposta de criação de um novo imposto para financiar a área da saúde. Para o empresário do ramo da construção civil, o Brasil precisa “aprender” a melhorar a gestão sem aumentar a carga tributária.

“Eu pessoalmente sou contra qualquer aumento de imposto se eu ainda não esgotei a minha competência de gestão. Muitas vezes, quando você dá mais dinheiro, isso estimula a não acelerar a melhoria de gestão”, disse.

Segundo Gerdau, aumentos na carga tributária prejudicam a indústria nacional, que perde competitividade em relação às empresas estrangeiras. “Filosoficamente, ainda mais esse tipo de imposto, que é cumulativo, prejudica a competitividade do país. Toda vez que você cria mais um imposto, você prejudica a indústria nacional.”

De acordo com Gerdau, o governo precisa corrigir desvios de recursos públicos antes de discutir novas fontes de arrecadação. “No momento, no meu entender, você não equaciona o problema da saúde sem definições de discussões estruturais macro. Para onde vão os escassos recursos de saúde?”
Ele criticou ainda a alta carga tributária brasileira. “A carga tributária do país já tem um patamar que você não deveria estar pensando em mais impostos, ao contrário”, destacou.

Copa do Mundo
Outro tema discutido na reunião desta sexta da Câmara de Gestão foi o preparativo para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com Gerdau, as novas informações sobre andamento das obras nos estádios e aeroportos indicam que “as coisas estão andando”.

“Os estádios, na sua maioria, estão com alguns atrasos, mas não há preocupação de que vamos ter problemas. As informações sobre reformas nos aeroportos indicam que as coisas estão andando”, disse.

Crédito:
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

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