domingo, 29 de abril de 2012

Conferência Rio+20 retoma negociações sobre seu documento oficial



Representantes de governos e da sociedade civil começam uma nova rodada de negociações sobre o documento que será debatido durante a Rio+20, conferência global que discutirá como o mundo enfrentará os desafios que afetam o crescimento econômico, o bem-estar social e a proteção ambiental nos próximos anos.

A sessão de negociações informais de duas semanas para a Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – acontece entre os dias 23 de abril e 4 de maio na sede da ONU em Nova York.

Em uma declaração dirigida à Conferência antes do início da rodada de negociações, líderes do Sistema das Nações Unidas pediram à Rio+20 que “forneça o mapa do futuro que queremos – um futuro de paz, desenvolvimento econômico e social dinâmico, bem-estar social universal em um ambiente saudável e equitativo para as gerações presentes e futuras, onde homens e mulheres, meninos e meninas possam igualmente contribuir e se beneficiar do desenvolvimento”.

As negociações vão considerar uma série de medidas para promover o desenvolvimento sustentável, que incluem a definição de novas metas e indicadores, formas de financiamento inovador e ações que possam reduzir os atuais níveis insustentáveis de consumo e produção. Esta rodada oferece aos governos outra chance de rever a versão mais recente do documento final para a Rio+20 e ainda aprimorar o texto antes de as negociações seguirem para o Rio de Janeiro em junho.

“Existe um delicado equilíbrio que precisa ser alcançado nas negociações que considere as necessidades e interesses de todas as pessoas”, afirmou o Secretário-Geral da Rio+20, Sha Zukang. “Estamos chegando lá. Estou muito otimista de que as negociações e a Rio+20 serão um sucesso. Por um futuro melhor para todos nós e nossos filhos”.

As negociações estratégicas sobre o documento final da Rio+20, estão sendo formuladas para e a partir do “Rascunho Zero” de 19 páginas, elaborado em janeiro e condensado a partir de 6.000 páginas de sugestões de governos, sociedade civil, academia etc. Um grande número de alterações foi realizado pelos governos durante as negociações em março. O documento foi, então, expandido significativamente, levando o texto para mais de 200 páginas.
O documento revisado identificou 26 áreas estratégicas de ação, incluindo: água, energia, alimentos, empregos, cidades, oceanos, preparação para desastres, erradicação da pobreza, turismo, transporte, mudanças climáticas, consumo e produção sustentáveis, terras, produtos químicos e florestas, entre outras.

Também estão sendo consideradas e negociadas as metas de desenvolvimento sustentável, o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e a implementação de novas formas para medir o desenvolvimento dos países além do crescimento econômico e do PIB, levando em consideração o bem-estar geral da população e a proteção do meio ambiente.
Além das negociações, haverá diversos eventos paralelos centrados em questões globais, desafios e soluções que estarão sob consideração na Rio+20, incluindo a falta de acesso a energia e água potável, oceanos esgotados, insegurança alimentar, ampliação das desigualdades e a rápida expansão das cidades. Os próximos passos para a finalização do documento final da Rio+20 serão dados durante a rodada final de negociações, no Rio de Janeiro, de13 a 15 de junho, antes da Conferência oficial que acontece entre 20 e 22 de junho.
Até o momento, mais de 135 Presidentes e Chefes de Estado, Vice-Presidentes, Chefes de Governo e vice Primeiros-Ministros estão inscritos na lista de oradores para a Rio+20.

Crédito:
www.onu.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário