domingo, 27 de maio de 2012

ONU faz 56 recomendações para avanços concretos na Rio+20



Na foto, da direita para a esquerda: a Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira; o Secretário Executivo do Painel de Alto Nível do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre Sustentabilidade Global, Janos Pasztor; e o Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) e Vice-Porta-Voz da Rio+20, Giancarlo Summa. Crédito: UNIC Rio/Diego Blanco.

Versão em português do relatório “Povos Resilientes, Planeta Resiliente” é apresentada no Rio de Janeiro. Ministra do Meio Ambiente ressalta a necessidade de ousadia nos debates e nas ações.

Novos modelos de governança, baseados em desenvolvimento social, fortalecimento econômico e sustentabilidade ambiental, devem nascer a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – e ir além. Este é o foco principal das 56 recomendações do relatório “Povos Resilientes, Planeta Resiliente”, cuja versão em português foi apresentada hoje (18/05), no Rio de Janeiro, pela ONU e pelo Governo Brasileiro.

O documento foi produzido pelo Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global (GSP), grupo de trabalho criado pelo Secretário-Geral em agosto de 2010 para formular um novo projeto de desenvolvimento sustentável e de baixo carbono. O evento contou a presença do Secretário-Executivo do GSP. A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, é um dos 22 membros do Painel.

“Precisamos inovar e ousar, estabelecendo novos paradigmas mais sustentáveis, que promovam a igualdade social e o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que garantam a preservação do nosso planeta”, afirmou a Ministra. “Este não é apenas mais um relatório. Não podemos esperar mais vinte anos para adotar ações concretas”, completou Teixeira ao ressaltar que os desafios para os próximos anos devem ser “traduzidos” para a realidade de cada nação, de modo a atender suas necessidades e promover a igualdade.

O fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) seria uma das questões principais para viabilizar esse processo.

Pessoas Resilientes, Planeta Resiliente” pede pela integração dos custos sociais e ambientais do mesmo modo como são os preços mundiais e as medidas de atividades econômicas. Exige também um conjunto de indicadores de desenvolvimento sustentável – que vão além da abordagem tradicional do Produto Interno Bruto (PIB) – e recomenda que os governos desenvolvam e apliquem objetivos de desenvolvimento sustentável que possam mobilizar a ação global e ajudar a monitorar o progresso.

O relatório, apresentado com um importante guia para o debate e as resoluções da Rio+20, mostra que, apesar de o PIB mundial ter aumentado 75% de 1992 a 2010, as disparidades entre o PIB per capita dos países desenvolvidos e em desenvolvimento aumentaram no mesmo período. A falta de acesso a saneamento básico atinge 2,6 bilhões de pessoas. Para piorar, os recursos naturais são explorados à exaustão, mas não são usufruídos de forma igualitária. Por exemplo, 85% de todos os estoques de peixes estão sobre-explorados, esgotados ou em processo de recuperação. Ainda de acordo com o relatório, 27% das pessoas em todo o mundo ainda vivem em situação de miséria absoluta.

Secretário-Executivo do GSP, Janos Pasztor destacou a necessidade de envolvimento de todos os setores da sociedade no delineamento dos cenários e objetivos futuros. “A contribuição da ciência é fundamental e parcerias entre as diferentes áreas de atividade humana e do conhecimento devem ser realizadas”, afirmou. “Tudo isso aliado ao ‘empoderamento’ das pessoas.”

Fonte:
Boletim da ONU Brasil
wwww.onu.org.br

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